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Linha Toxicodependência

O seu espaço na net para saber mais sobre toxicodependência

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Linha Toxicodependência

11
Set07

Sobre o consumo de drogas

linhatoxicodependencia
Esta secção pretende dar-te alguma informação mais profunda sobre a droga. Nós temos vários tipos de relações com drogas. Alguns de nós experimentaram algumas. Outros, só drogas leves... mas atenção:

Aconselhamos vivamente o não consumo de drogas.

O que pretendemos é dar um maior conhecimento sobre as principais drogas. Descrevê-las, dizer como se consomem, de onde vêm e avisar as pessoas das consequências físicas e psicológicas que o seu consumo implica ou pode implicar.

Não te queremos "obrigar" a fazer isto ou aquilo, essa decisão é só tua, no entanto queremos dar-te alguma informação e ajudar-te a pensar com outro conhecimento sobre estas questões. A ideia é fornecer-te mais elementos para tomares as tuas decisões.

Aqui vão algumas máximas sobre consumo de drogas
  • Drogas custam dinheiro!

    O dinheiro não é mais importante do que arriscarmos as nossas vidas, saúde e liberdade. No entanto, a maioria das drogas são caras e por isso implica que desistamos de outros prazeres da vida. Pode querer dizer que já não podemos comprar o último disco dos Massive Attack ou aquela T'shirt que vimos numa loja, etc...

  • Afectam o relacionamento familiar

    A família sofre sempre com o facto de alguém estar envolvido com drogas. Há sempre uma dose adicional de preocupação e tristeza por se ver alguém próximo a destruir-se.

  • Afectam-nos pessoalmente

    Normalmente a dependência da droga leva-nos a dizer mentiras aos nossos pais e amigos para conseguirmos manter secretamente o seu uso. Podemos ter que roubar dinheiro para as comprar, o que não pode deixar de nos afectar.

  • Acabamos sozinhos

    É um facto que a maioria das pessoas não se droga e prefere não se dar com pessoas que se drogam.
05
Set07

Drogas, pais e filhos: combater a toxicodependência

linhatoxicodependencia
Uma vez a toxicodependência instalada, aqui vão 7 “ferramentas” para ajudar a combatê-la:
  • Identificar e utilizar valores tais como a saúde, o(a) companheiro(a) ou família, a aparência, a relação com Deus, a inteligência, a posição na comunidade, o auto-respeito, a sua profissão ou os amigos.
  • Motivação. A melhor resposta que se pode dar à pergunta: “Quando é que as pessoas mudam?” ainda é: quando quiserem!
    O que se pode fazer então é activar o desejo de saída, contrariando a filosofia de algum modo instalada no nosso país de que as drogas vieram para ficar e que não há outra solução senão adaptarmo-nos a elas, fazendo ver ainda que ao contrário do que alguns apregoam, a toxicodependência não é uma doença crónica, recorrente e fatalmente progressiva e que há saída para ela.
  • Recompensas. Pesar os custos e os benefícios da toxicodependência. As pessoas desistem da droga quando começam a ter mais recompensas por viverem sem ela do que com ela.
  • Recursos. Identificar forças e fraquezas, avaliando as reservas que se tem e as que estão faltando para depois as ir buscar!
  • Procurar apoio entre as pessoas mais próximas, a começar pela família.
  • Procurar amadurecer a identidade pela procura do auto-respeito e de uma vida de novo responsável.
  • Procurar alcançar objectivos mais altos, perseguindo e atingindo coisas de valor como, por exemplo, coisas que beneficiem outras pessoas e contribuam para o bem-estar da comunidade. Habitualmente quando alguém deixa de ser egoísta e se foca nas outras pessoas, acaba por desistir do seu comportamento autodestrutivo.
05
Set07

Drogas, pais e filhos: sinais de alerta

linhatoxicodependencia
Ainda na expectativa de ajudar os pais na prevenção do uso de drogas por parte dos seus filhos, eis alguns sinais de alerta:
  • Desinteresse repentino pelos verdadeiros amigos, pela escola, pela família e pelos desportos.
  • Isolamento. Passar horas a fio na rua ou enfiados no quarto.
  • Pedir bastante dinheiro em casa, utilizando os mais variados pretextos (virtual pagamento de multas, gasolina, etc.).
  • Começar a ser bastante crítico com as pessoas e com a vida.
  • Cada vez mais dificuldade em acordar ou adormecer.
  • Mudança súbita de vestuário e desleixo.
  • Desaparecimento de objectos pessoais ou de familiares (ouro, antiguidades, etc.).
05
Set07

Drogas, pais e filhos: atitudes básicas

linhatoxicodependencia
Como na origem dos problemas de infância que poderão conduzir à droga a atitude dos pais, ou de quem exerça esse papel, é de primordial importância, há 13 atitudes básicas que deveriam ser tomadas em linha de conta (1).
  • Os pais deveriam dar às crianças um sentimento de segurança.
  • A criança foi feita para sentir que é amada e desejada.
  • O medo e o castigo devem ser evitados tanto quanto possível.
  • Deveria ser dada à criança a possibilidade de aprender a ser independente e responsável.
  • Os pais deverão aparentar calma e ser tolerantes, não se mostrando chocados, quando as crianças derem evidência de instintos “selvagens” próprios da sua condição humana.
  • Os pais deveriam ser tão firmes e consistentes quanto possível, de forma a evitar, na criança, a confusão e o aparecimento de atitudes contraditórias.
  • É pouco prudente fazer com que uma criança se sinta inferior.
  • É imprudente forçar uma criança para além das suas capacidades.
  • Os sentimentos e os desejos da criança deveriam ser respeitados, mesmo se não estiverem exactamente de acordo com os desejos dos pais. Á criança deveria ser permitida a satisfação dos seus desejos, dentro, claro está, dos limites do razoável.
  • Todas as perguntas que as crianças façam devem ter uma resposta franca e honesta, que não ultrapasse a sua capacidade de compreensão.
  • Os pais deveriam mostrar apreciação e interesse em relação às coisas que os seus filhos estejam a fazer, mesmo que pelos padrões deles, elas não sejam interessantes ou importantes.
  • Mesmo que as crianças tenham dificuldades ou problemas, elas deverão sempre ser tratadas, tanto quanto possível, como se fossem normais e saudáveis.
  • É preferível educar os filhos com o objectivo do crescimento, desenvolvimento e do melhoramento, do que com o objectivo da perfeição.
(1) Maurice Levine

Se os pais criarem a ilusão de que saberão pôr em prática todos estes ensinamentos, ficarão inevitavelmente desiludidos por terem criado esse ideal impossível de perfeição. Não é isso que se pretende.

O que se passa é que, muito frequentemente, as atitudes assumidas pelos adultos são desfavoráveis ao saudável e feliz desenvolvimento da criança, tendo como resultado toda uma variedade de situações que se poderão desenvolver depois, como a utilização das drogas, como refúgio (virtual) para o seu mal-estar.

Na perspectiva da Elsa (nome fictício), ex-toxicodependente, os pais deverão:
  • Não aceitar a “benignidade“ das drogas “leves”, ajudando-os a compreender que as mesmas são frequentemente causadoras da “ingressão” nas drogas “pesadas”.
  • Não passar a ser polícias – o uso das drogas não se resolve com tensão e ansiedade.
  • Não se envergonharem por terem um filho “drogado”. Devem falar com ele, pedir ajuda a pais na mesma situação e/ou a especialistas.
  • Procurar ajudar o filho em vez de lhe atirar à cara as asneiras que anda a fazer, tomando consciência que tão cedo as asneiras não vão acabar.
  • Aceitar que, ainda que inconscientemente, são eles pais que sustentam o vício dos seus filhos, facilitando-lhes a vida.
  • Não acusar, mesmo que seja esse o impulso que sentem, num momento de raiva e desespero.
  • Dar um acompanhamento mais activo, paralelamente ao apoio prestado pelos técnicos.
05
Set07

Drogas, pais e filhos: os porquês

linhatoxicodependencia
Quando alguém se interroga dos porquês da entrada na toxicodependência, surgem, inevitavelmente, por esta ordem ou outra: a busca do prazer imediato, a pressão por parte dos outros, a curiosidade, a acessibilidade, a vontade de se sentir mais velho(a) e/ ou confiante, a revolta, a dificuldade de enfrentar a pressão, de conseguir lidar com maus tratos ou abusos ou uma forma de melhorar a imagem.

Não nos esqueçamos que estamos a tratar, na maioria larga das vezes, de uma franja particular da população – a juventude – que está habituada a receber mais informação do que aquela que pode descodificar e que é habitualmente confrontada com mais opções do que aquelas que pode tomar, numa idade em que é mais apetecível agir que reflectir.

Pode dizer-se que, de um modo geral, os jovens experimentam drogas porque o seu sistema de valores interno não está suficientemente desenvolvido para resistir às pressões externas.

Uma vez deixados enredar, só conseguirão delas libertar-se quando conseguirem assumir responsabilidades perante si e os outros, quando forem capazes de tomar decisões, e tiverem arcaboiço para suportar depois as consequências, e quando conseguirem reconhecer obrigações nos valores (habitualmente adormecidos durante a fase dos consumos) que sustentam, quer eles estejam relacionados com os seus filhos, pais, amigos, empregados, colegas, vizinhos, ou com o país em que vivem.

Acresce que a sociedade de consumo em que se (nos) integram está aliada a diversas questões, como forte individualismo (egoísmo), competitividade, busca incessante do cómodo e confortável, falta de solidariedade e de comunicação, ansiedade e stress, factores estes que vão provocar, depois, insegurança e instabilidade psicológica.

Além disto, podemos apontar a existência de problemas sociais como desemprego, pobreza, exclusão, racismo, degradação patrimonial, falta de condições de ensino e insucesso escolar e profissional, os quais, juntamente com a indiferença religiosa e a inexistência de crença na transcendência humana, podem ser conducentes ao uso de substâncias psicoactivas.

Deste modo o recurso à droga pode ser visto como a forma de o Homem combater um sentimento individual e colectivo de angústia e insegurança.

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